FRAGMENTO EXTRAÍDO DE “O LIVRO DE URÂNTIA”




1. O Corpo Evangélico das Mulheres

(1678.5) 150:1.1 De todas as coisas ousadas que Jesus fez, na sua carreira terrena, a mais surpreendente foi o seu anúncio súbito, na tarde de 16 de Janeiro: Amanhã pela manhã nós   seleccionaremos dez mulheres para o trabalho de ministração do Reino.
No começo do período de duas semanas, durante o qual os apóstolos e os evangelistas deviam estar ausentes de Betsaida na sua licença, Jesus solicitou a Davi que chamasse os seus pais de volta para as suas casas e que despachasse mensageiros, chamando a Betsaida dez mulheres devotas que tinham servido na administração do acampamento anterior e na enfermaria nas tendas. 

Todas essas mulheres, tinham ouvido a instrução dada aos jovens evangelistas, mas nunca lhes tinha ocorrido aos seus instrutores, nem a elas próprias, que Jesus ousaria colocar mulheres na missão de ensinar o evangelho do Reino e ministrar aos doentes. Essas dez mulheres, escolhidas e incluídas na missão por Jesus, eram:

Susana, filha do antigo chazam da sinagoga de Nazaré; Joana, mulher de Cuza, camareiro de Herodes Antipas; Isabel, filha de um rico judeu de Tiberíades e Séforis; Marta, irmã mais velha de André e Pedro; Raquel, cunhada de Judá, irmão na carne do Mestre; Nasanta, filha de Elman, médico sírio; Milcha, uma prima do apóstolo Tomé; Rute, a filha mais velha de Mateus Levi; Celta, filha de um centurião romano; e Agaman, uma viúva de Damasco. Subsequentemente, Jesus acrescentou mais outras duas mulheres a este grupo  Maria Madalena e Rebeca, filha de José de Arimateia.

(1679.1) 150:1.2 Jesus autorizou essas mulheres a formarem a sua própria organização e instruiu a Judas que provesse fundos para os seus equipamentos e para animais de carga. As dez elegeram Susana como dirigente e Joana como a tesoureira. Desse momento em diante, elas proveram os próprios fundos de caixa; e nunca mais recorreram a Judas para sustentá-las.

(1679.2) 150:1.3 Muito espantoso foi, naquela época, quando às mulheres nem era permitido que permanecessem no andar principal da sinagoga (ficando confinadas à galeria das mulheres), vê-las sendo reconhecidas como instrutoras autorizadas do novo evangelho do Reino. O encargo que Jesus deu a essas dez mulheres, quando as escolheu para ensinar o evangelho e para ministrar, foi o da proclamação da emancipação que libertava todas as mulheres, para todos os tempos; era para que o homem nunca mais visse a mulher como inferior espiritualmente. Isso foi decididamente um choque, até mesmo para os doze apóstolos.

Não obstante elas terem ouvido muitas vezes o Mestre dizer que no Reino do céu não há rico ou pobre, livre ou escravo, masculino ou feminino, todos são igualmente filhos e filhas de Deus; elas ficaram literalmente atordoadas, quando ele propôs formalmente dar missões a essas mulheres como instrutoras religiosas e mesmo permitir que viajassem com eles. Todo o país ficou agitado com esse procedimento, os inimigos de Jesus tiraram um grande partido dessa decisão, mas, em todos os lugares, as mulheres crentes nas boas-novas, ficaram firmes em apoio às suas irmãs escolhidas e exprimiram uma aprovação sem hesitação a esse reconhecimento tardio do lugar da mulher no trabalho religioso.

E essa libertação das mulheres, de dar-lhes o devido reconhecimento, foi praticada pelos apóstolos imediatamente após a partida do Mestre, embora acabassem voltando aos velhos costumes, nas gerações posteriores. Durante os primeiros tempos da igreja cristã, as mulheres instrutoras e ministras eram chamadas diáconas e eram dignas do reconhecimento geral. Mas Paulo, a despeito do facto de admitir tudo isso em teoria, realmente nunca incorporou nada disso à sua própria atitude, pois pessoalmente achava difícil de ser colocado em prática.

AS PARTES DO LIVRO
PARTE IV  A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS
DOCUMENTO 150  A TERCEIRA CAMPANHA DE PREGAÇÃO
PÁGINA 1575

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Lúcia (anjodeluz57@gmail.com)

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